Mini Dicionário

Análise do Comportamento Aplicada - terapia comportamental para desenvolver habilidades. Deve ser aplicada de forma ética, respeitosa e naturalista.

Mudanças no conteúdo, metodologia ou avaliação para que o aluno autista possa aprender. Não é facilitar - é ensinar de forma diferente.

Atendimento Educacional Especializado - apoio extra que a escola oferece no contraturno. Inclui sala de recursos e profissionais especializados.

Dificuldades em movimentos amplos como correr, pular, subir escadas. Pode parecer desajeitado ou descoordenado.

Dificuldade na programação motora da fala - o cérebro tem dificuldade em coordenar os movimentos para produzir sons.

Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo - quando a seletividade alimentar é tão intensa que afeta a saúde ou crescimento. Precisa de acompanhamento.

Quando a pessoa se machuca durante uma crise ou sobrecarga. Não é 'querer atenção' - é uma resposta à dor interna. Precisa de acompanhamento profissional.

Benefício de Prestação Continuada - um salário mínimo mensal para pessoas com deficiência de baixa renda. Não precisa ter contribuído ao INSS.

Esgotamento extremo causado pelo esforço de se adaptar ao mundo neurotípico. Sintomas: cansaço extremo, perda de habilidades, aumento de crises.

Necessidade intensa de estímulos físicos como pular, girar, apertar. O corpo precisa dessa entrada sensorial.

Comunicação Aumentativa e Alternativa - formas de comunicação além da fala, como pranchas de imagens, aplicativos, linguagem de sinais. Não impede a fala!

Preconceito contra pessoas com deficiência. Inclui baixas expectativas, exclusão, falar 'você nem parece autista' como elogio.

Classificação Internacional de Doenças da OMS. Usada para registro médico oficial. O código do autismo é 6A02.

Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Documento que facilita acesso a direitos e atendimento prioritário.

Quando a pessoa tem mais de uma condição ao mesmo tempo. Por exemplo, autismo junto com TDAH, ansiedade ou epilepsia.

Padrões de comportamento repetitivos e interesses muito específicos. Faz parte do autismo e pode ser uma grande força quando direcionado.

Quando um juiz determina que outra pessoa (curador) tome decisões pela pessoa autista. Só em casos extremos de incapacidade civil.

Restrição alimentar causada por sensibilidade a textura, cheiro, cor ou consistência dos alimentos.

Dificuldade de planejamento, organização, foco e controle emocional. Afeta a capacidade de iniciar e completar tarefas.

Dificuldade em perceber relações espaciais e organizar informações visuais. Não é desorganização - é déficit visoespacial.

Dificuldade de regular emoções diante de frustrações e estímulos. Não é birra - é desregulação emocional.

Quando a pessoa descobre que é autista na adolescência ou idade adulta. Muitas mulheres recebem diagnóstico tardio porque os sinais são diferentes dos meninos.

Programa de atividades sensoriais personalizado para ajudar a pessoa autista a se regular. Inclui coisas como massagens, balanços, música.

Padrão atípico de atenção visual. Olhar nos olhos pode ser desconfortável ou difícil para pessoas autistas.

Desafio em compreender regras sociais implícitas e expressões emocionais. Não é falta de educação - é dificuldade de habilidades sociais.

Dificuldade com as 'regras sociais' da comunicação: quando falar, como manter uma conversa, entender sarcasmo, expressões faciais.

Transtorno específico da aprendizagem matemática, afetando a compreensão de números e operações. Não é burrice - é discalculia.

Dificuldade na escrita manual, com traçado irregular, cansaço e lentidão. Não é letra feia - é disgrafia.

Dificuldade na leitura, decodificação de palavras e compreensão escrita. Não é falta de atenção - pode ser dislexia.

Dificuldades de planejamento e execução de movimentos coordenados. Afeta tarefas como escrever, amarrar sapato, andar de bicicleta.

Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, 5ª edição. É o livro que os profissionais usam para diagnosticar autismo e outras condições.

Quando coexistem superdotação/altas habilidades e um transtorno como autismo. A pessoa pode ter talentos extraordinários e desafios significativos.

Repetir palavras ou frases ouvidas. Pode ser imediata ou depois de um tempo. É uma forma de comunicação e processamento de linguagem.

Movimentos repetitivos que a pessoa autista faz, como balançar o corpo, bater as mãos ou girar objetos. São formas de autorregulação e não devem ser reprimidas.

Formas diferentes de demonstrar carinho e afeto. A pessoa pode amar muito, mas expressar de maneira diferente.

Cansaço rápido em tarefas que exigem movimentos precisos das mãos, como escrever ou recortar.

Abordagem que segue os interesses da criança brincando no chão. Foca no desenvolvimento emocional e na relação, não em comportamentos.

Trabalha fala, linguagem, comunicação e alimentação. Fundamental para desenvolver a comunicação, seja verbal ou alternativa.

Quando a pessoa autista tem um interesse muito intenso por um assunto específico. Pode ser uma força quando bem direcionado.

Quando os sentidos são MUITO aguçados. Luzes parecem mais fortes, sons mais altos, toques mais intensos. Pode ser doloroso.

Quando os sentidos são menos sensíveis. A pessoa pode não sentir dor, frio, ou buscar sensações intensas como pular, girar, apertar forte.

Direito de estudar em escola regular com os devidos apoios. A escola deve se adaptar ao aluno, não o contrário. Garantido pela Lei Berenice Piana.

Terapia que ajuda o cérebro a processar melhor os sentidos. Usa atividades como balanços, texturas, massagens para regular os sentidos.

Preferência por interação previsível ou por brincar sozinho. Não é isolamento - é uma forma diferente de interagir.

Interesses muito intensos e específicos por determinados temas. Pode ser uma grande força quando bem direcionado.

Estimulação e terapias iniciadas nos primeiros anos de vida. Quanto mais cedo começar, melhores os resultados do desenvolvimento.

Lei 12.764/2012 que garante direitos às pessoas autistas no Brasil: diagnóstico precoce, tratamento, educação inclusiva, trabalho.

Lei 13.977/2020 que criou a CIPTEA - carteira de identificação para pessoa autista - facilitando atendimento prioritário.

Entender as coisas ao pé da letra. Expressões como 'estou morrendo de fome' ou 'chovendo canivetes' podem confundir. Seja claro e direto!

Quando a pessoa autista 'esconde' seus traços para parecer neurotípica. É muito cansativo e pode causar burnout. Comum em mulheres autistas.

Uma crise intensa causada por sobrecarga sensorial ou emocional. Não é birra - é o corpo reagindo a algo insuportável. Requer paciência e ambiente calmo.

Pessoa que não usa a fala para se comunicar. Não significa que não entende ou não tem o que dizer - usa outras formas de comunicação.

Apego intenso a rotinas e necessidade de saber o que vai acontecer. Mudanças inesperadas causam grande ansiedade.

Pessoa cujo cérebro funciona de forma diferente do padrão. Inclui autistas, pessoas com TDAH, dislexia e outras condições. Não é doença, é diversidade.

Ideia de que diferenças neurológicas (autismo, TDAH, etc.) são variações naturais do cérebro humano, não doenças a serem curadas.

Pessoa cujo cérebro funciona de forma 'típica' ou 'padrão'. Não é melhor nem pior, apenas diferente do neurodivergente.

Classificação de quanto apoio a pessoa autista precisa: Nível 1 (precisa de apoio), Nível 2 (precisa de apoio substancial), Nível 3 (precisa de apoio muito substancial).

Plano de Atendimento Educacional ou Plano Educacional Individualizado - documento que a escola deve fazer para adaptar o ensino às necessidades do aluno. É um direito!

Sistema de Comunicação por Troca de Figuras. A pessoa usa cartões com imagens para se comunicar. Muito usado com crianças que ainda não falam.

Desempenho irregular entre diferentes áreas de conhecimento. A criança pode ser excelente em uma matéria e ter muita dificuldade em outra.

Algumas pessoas preferem 'pessoa com autismo' (pessoa em primeiro lugar), outras preferem 'pessoa autista' (identidade). Pergunte como a pessoa prefere!

Pessoa que acompanha o aluno autista na escola para ajudar nas atividades e adaptações. Também chamado de mediador ou acompanhante.

Sentido que nos diz onde nosso corpo está no espaço. Pessoas autistas podem ter dificuldade com isso, parecendo 'desajeitadas' ou buscando abraços apertados.

Dificuldade em lidar com mudanças de rotina ou padrões estabelecidos. Não é teimosia - é rigidez cognitivo-comportamental.

Necessidade de manter as coisas sempre iguais. Mudanças inesperadas podem causar muita ansiedade. Ajuda ter um calendário visual e preparar antecipadamente.

Espaço na escola com materiais e profissionais especializados para apoiar alunos com deficiência. O aluno frequenta no contraturno.

Quando a pessoa aceita poucos alimentos. Está relacionada à sensibilidade sensorial (textura, cor, cheiro). Não é frescura ou falta de educação.

Quando os sentidos (audição, visão, tato, olfato, paladar) são mais intensos. Um som normal pode doer, uma luz pode incomodar muito, algumas texturas são insuportáveis.

Quando a pessoa 'desliga' por estar sobrecarregada. Pode ficar quieta, não responder, parecer distante. É uma forma de proteção do cérebro.

Sentido do equilíbrio e movimento. Algumas pessoas autistas adoram girar e balançar, outras têm muito medo de movimento.

Quando há estímulos demais ao mesmo tempo (barulho, luz, cheiros, pessoas). Causa muito desconforto e pode levar a meltdown ou shutdown.

Comportamentos de autoestimulação como balançar, girar, apertar objetos. Ajuda a pessoa autista a se regular. Não deve ser proibido, apenas redirecionado se necessário.

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade - condição que afeta atenção, controle de impulsos e nível de atividade. Frequentemente coexiste com autismo.

Transtorno do Espectro Autista - é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamento. Cada pessoa autista é única.

Método de ensino estruturado para pessoas autistas. Usa apoios visuais, rotinas previsíveis e ambiente organizado.

Trabalha habilidades do dia-a-dia, coordenação motora e integração sensorial. Ajuda a criança a ser mais independente nas atividades.

Alternativa à curatela onde a pessoa autista escolhe apoiadores para ajudar em decisões específicas, mantendo sua autonomia.

Dificuldades persistentes na compreensão e expressão verbal que não são explicadas por outras condições.